A BR-485, também chamada de Rodovia das Flores, é uma rodovia federal de ligação brasileira que liga o município de Itatiaia (RJ) ao passo de montanha denominado Garganta do Registro, localizado na divisa entre os estados brasileiros do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, no entroncamento com a BR-354, atravessando o Parque Nacional de Itatiaia.
Somente os motociclistas mais arrojados, se aventuram, uma vez que essa rodovia não é asfaltada, ( embora seja uma BR), e é formada em grande parte por pedras soltas.
Na BR-485 está localizado o ponto mais alto de todas as rodovias federais do Brasil, a 2460 metros acima do nível do mar. Este ponto fica situado logo após o acesso para o morro da Antena, entre a portaria 3 (conhecida como "Posto Marcão") do Parque Nacional de Itatiaia e o abrigo Rebouças. A partir deste ponto, há uma pequena estrada vicinal de 1,4 km que leva até o topo do morro da Antena, onde há uma estação de rádio da Eletrobras Furnas, a 2662 m. Assim, este pequeno acesso que sai da BR-485 leva ao ponto mais alto que é possível atingir no Brasil utilizando veículos.
É praticamente um passeio pelas nuvens, mas, vale a pena a aventura, desde que sua moto seja adequada.
A Praia do Cassino, recebeu esse nome por causa do Hotel Cassino, antes da proibição dos jogos no Brasil, ocorrida em 1946. É considerada a maior praia do mundo em extensão, contando com pouco mais de 240 kms . Também é considerada o balneário mais antigo do Brasil, criado em 1890.
Localizada no município de Rio Grande, RS, seu inicio fica a cerca de 20 km da cidade, exatamente nos Molhes da Barra, onde a Lagoa dos Patos, encontra o mar.
A notoriedade da praia do Cassino se dá pela razão de ter sido listada no Guiness Book, o Livro dos Recordes, em 1994, como a mais longa praia do mundo.
Destino disputado pelos motociclistas, jipeiros e viajantes em geral, que procuram percorre-la de ponta a ponta, muitas vezes enfrentando fortes tempestades repentina, com chuvas e ventos.
Vel
Vemos inúmeras referencias ao motociclismo da velha escola, ou seja, dos anos 50,60,70, quando todos consideram a época áurea, e muitos buscam e tentam manter isso, ou, refazer isso. Mas, será que é possível?
Bom, nós que vivemos essa época, sabemos que não. Não é possível revive-la. A mentalidade era outra, na verdade era o inverso da mentalidade atual.
Na época, buscávamos riscos, aventuras e liberdade. Hoje buscam conforto, segurança e liderança.
Na época a moto era um instrumento de protesto, de rebeldia. Hoje alem de ser um meio de transporte, é um símbolo de viver socialmente correto.
A "irmandade" não se fazia com regras e sim, com afinidades. O "tipo" da moto , a cilindrada, ou a marca não importava, era o que cada um tinha, assim como as roupas. Cada "patch" usado, era conquistado com muito suor e sacrifício, e cada um deles tinha sua razão de ser. Significavam muito, menos, enfeites. Se o motociclista portava um "patch" na sua jaqueta ou colete, era porque o merecera. Havia ainda a "caveira", que nunca significou essa "igualdade" difundida recentemente.
Então, podemos concluir que a "velha escola" acabou. Não há como revive-la.
Foi uma fase, uma época distante.
Quem a viveu, como muitos de nós, a temos na memória como lembranças.
Quem não a viveu, jamais saberá como era.
Querer revive-la, sempre sempre será uma imitação barata e mal feita, nada alem disso.
rodar duzentos quilômetros poderia ser uma aventura de pelo menos dois dias de estrada
É verdade. Somos um dos países que mais depserdiça óleo de motocicletas. Ha uma cultura popular de que as motocicletas devem ter seu óleo lubrificante trocados a cada mil kms rodados. Isso faz com que boa parte do óleo seja descartado ainda em condições de uso. Isso ja vem de muitas décadas, e nem mesmo as montadoras conseguem reverter essa mentalidade.
No vídeo, enquanto estava rodando, lembrei de comentar sobre esse assunto
Quando falamos em motociclistas ou motoqueiros, nos vem de imediato a figura do cara barbudo, sujo de poeira ou de óleo, cabelos desgrenhados e quse sempre bêbados.
Mas isso é um estereótipo, gerado a partir dos filmes, que retratavam uma época, das gangs de motoqueiros ou mesmo dos viajantes solitários que se aventuravam pelas estradas americanas no pós guerra.
Hoje a motocicleta chegou a todas as camadas e tipos de pessoas, se tornando para alguns um meio de transporte, para outros um meio de diversão e para alguns uma maquina mortífera.
Obviamente existem ainda aqueles que querem manter viva a imagem estereotipada, mas, não é a maioria.
Basicamente encontramos três tipos de motociclistas:
O primeiro é aquele que nasceu com o motociclismo no sangue. Esse é o que mais se assemelha ao estereótipo criado. Para esses não ha chuva, sol, poeira, frio ou calor. Tudo é oportunidade de pegar sua motocicleta e sair rodando. A distancia não importa, seja cem quilômetros ou dez mil quilômetros, o importante é estar na estrada. Quase sempre para descansar de uma viagem de moto, da uma volta de moto.
O segundo é o que depende da moto, seja para locomoção ou para trabalho. Quase sempre sua motocicleta é sua única opção, então não tem muito o que escolher. Usa para trabalho e para lazer. Nãos e trata somente de uma paixão, mas sim, de uma necessidade básica.
Ja na terceira situação, encontramos uma categoria recente, surgida nas ultimas décadas, que é o motociclista "de marca". Esse muitas vezes nem gosta de moto, mas, sente-se na obrigação de ter uma porque busca um pseudo "status". Como alguns amigos tem, ele tambem opta por comprar para se igualar ( ou superar). Não vai pela moto, ams sim, pela marca, seja uma Harley Davidson ou uma BMW, o importante é a marca. Muitos desses nem viajam, e usam apenas para pequenos passeios, de 100 ou 150 kms, em finais de semana, sempre devidamente caracterizados com roupas e acessórios da marca. Não aceitam ser chamados de "motoqueiros" por se acharem superiores aos demais, principalmente aos que tem motocicletas de baixa cilindradas.
Mas, embora a cada época o motociclismo va tomando novos rumos, uma coisa não muda, que é a sensação de liberdade que a moto proporciona ao motociclista. Sensação essa, muitas vezes confundida com abusos, principalmente entre os usuários de motocicletas esportivas.
Estilos diferentes, maquinas diferenciadas, motorização preparada, moto incrementada, altas ou baixas cilindradas, tudo faz do motociclista uma figura ímpar, admirado pelas crianças, odiados por alguns, em bandos ou solitários, com uma velha calça jeans suja de graxa ou com roupas de milhares de dólares, enquanto na estrada, seja por um pequeno trecho ou por uma longa viagem, todos parecem iguais. Todos buscam o percurso, sem se importar com o destino final da viagem.
Eden Lara - Jornalista, motociclista ha 62 anos